29.4.09

"Meu" bolo de chocolate cafeinado

O que vai?


Massa

·9 colheres* de farinha de trigo

·9 colheres* de açúcar

·3 colheres* de achocolatado

·1 colher* de fermento em pó

·½ copo de óleo

·½ copo de café forte

·3 ovos

·Se tiver, acrescente 10 gotas de essência de baunilha


Sugestão de cobertura

·1 lata de creme de leite

·10 colheres de achocolatado

·1 colher de manteiga (sem sal)


* a colher é a de sopa (cheia, menos a do fermento)


Como faz?

Peneire todos os sólidos, adicione os líquidos e então os ovos. Misture bem (com colher mesmo). Unte uma assadeira (indico a com furo no meio) com manteiga ou óleo e farinha de trigo. Despeje a massa na forma e coloque para assar em fogo médio.

Para a cobertura, misture bem os ingredientes em uma panela e mexa até ferver.

O tempo total do preparo é de (+ ou –) 45 minutos.


Bom apetite!!!

28.4.09

Comentários (não só) sobre futebol

Assistindo ao jogo do Corinthians e Santos, neste domingo, escutei uma gama de informações pessoais (desnecessárias) dos narradores. Fato esse que encorajou-me a externalizar algumas opiniões a respeito. Não comentarei sobre a vitória do meu Timão, nem das incríveis personalidade e trajetória (história muito sensacionalista ao meu ver) do pseudo-gordinho.
As questões que deparo-me, na verdade, são de cunho antropológico, relativas ao resultados dos jogos: porque algumas pessoas sofrem profundamente com a derrota? Porque alguns brigam, batem, matam, morrem?
Respeito, porém não entendo. Amo meu time, tenho fé nele, só que, como tudo na vida, tento manter-me longe dos extremos. Acredito que sobretudo no futebol as torcidas agem como um fator de identificação, entrelaça pessoas, aproxima-as. Atualmente, menos do que antes, os indivíduos tem relacionado-se em menos esferas, grupos sociais (para tanto, penso em várias razões).
E estas perguntas tomaram proporções maiores a mim, desde que soube, numericamente, a diferença entre as folhas de pagamentos de dois times que estava,m jogando pelo campeonato “Libertadores da América”: Santos e CSA. Segundo narrador, o time alagoano teria a folha de pagamento de 150 mil reais, o que, em tese, equivale a um jogador do time paulista. O CSA saiu vitorioso do tal jogo, e o Santos “preocupado” com a final contra o Corinthians.
Não pretendo aqui criticar os times/torcidas, contudo é inevitável constatar a comercialização e lucratividade do esporte. São dirigentes, técnicos e jogadores que esqueceram, há tempos, o “amor pela camisa”. Óbvio que o profissionalismo e a imparcialidade são indispensáveis, só parece-me que para muitos falta a paixão e a fé que as torcidas devotam-lhes.
Termino aqui minhas divagações entristecida por saber que não são apenas as chuteiras que estão a venda. Em diversas áreas (e em diferentes níveis), há “a prazo” e “a vista”. No final das contas, creio que temos nos contentado com pouco, não refiro-me aos bens materiais, e sim as características de personalidade e essências da alma: o amor, a lealdade, a gentileza, a honestidade, a ética, a inteligência, a honra, ...

27.4.09

Espera ansiosa

Espera ansiosa - por Aline Canto (ano 2000)


Quero ter você ao meu lado

Como meu namorado

É nisso que vou me ater

Preciso te ver


Sinto tua presença

Vai muito além de crença

Fico a te procurar

Em um toque, um olhar


O tempo passa corrido

Meu coração fica doído

Não consigo esperar

Tento me controlar


Parece que você está preso

E disso não sai ileso

Por um sentimento, um alguém

Talvez eu até saiba quem


Então vou me dominar

Minha animação baixar

Só para te conquistar

Para podermos nos amar

26.4.09

Vencidos pelo amor

Vencidos pelo amor - (2006)

Hoje, não mais a esperança;

Novamente a decepção.

Nas dúvidas ocorrem lágrimas:

O ponto de separação.


Falta coragem para entender;

Amadurecimento para perceber;

Que o que está errado, não se vence;

Que o “nós” não nos pertence.


Mas a sincronia nos confunde;

A ilusão nos envolve;

A esperança nos difunde.


O relacionamento se desfaz;

Pela falta que o amor faz;

Só que valeu a tentativa;

Ficar só, não é uma alternativa.

22.4.09

Cultura no Brasil: demagogia patriarcal

A Lei Rouanet, desde 1991, garante, principalmente, o financiamento do setor cultural por meio de renúncia fiscal. Esta Lei proíbe o governo de adotar critérios subjetivos para aprovar projetos culturais e possibilita que qualquer empresa, pública ou privada, destine 4% do imposto de renda à cultura (para pessoas físicas a porcentagem chega a 6%).

O debate em torno da revogação de tal Lei não é recente. Contudo, em menos de duas semanas chegar-se-á ao prazo limite da consulta pública, 6 de maio, quando o projeto da Casa Civil para revogação será votado no Congresso.

A argumentação utilizada a favor da revogação é que as falhas relacionadas a ela viabilizam o investimento em projetos do sul e sudeste, sendo estes de maior visibilidade. Entretanto, as tendências e preferências relacionadas aos projetos classificam, tão somente, o uso da lei. E quanto a distribuição dos recursos captados, os mesmos seguem as características da arrecadação de impostos.

O Ministério da Cultura pretende, caso fim da lei, aumentar seu orçamento e centralizar as decisões sobre como e onde investir. Para isso, criar-se-ia (ligados a cultura): uma loteria federal, novas alíquotas de impostos para atividades no setor, uma taxa para quem publica livros para estimular a atividade de que faz parte.

Nesse caso, a manipulação cultural por parte do governo tornar-se-ia inevitável, consequentemente, haveria constrangimentos a liberdade de criação: a possibilidade do uso de critérios subjetivos para as aprovações; e a criação de fundos setoriais (cada qual com seu conselho gestor e grupo de influência/interesse).

Da forma sugerida, parece uma tentativa do governo em colocar-se como interlocutor entre o setor cultural e as empresas, seguindo a retórica do estado patriarcal (sem mencionar a profusão de cargos públicos e burocratização/emperramento dos órgãos públicos).

Caso a revogação ocorra, só resta a pergunta: o setor público investirá de maneira que as desigualdades do país não sejam refletidas (ou seja, corrigirá as falhas da Lei Rouanet) e de forma transparente (clareza e/ou decência quanto a destinação das verbas)?

20.4.09

2 Poesias

Viver é arriscar-se
(Atribuído a Rudyard Kipling)

Rir é arriscar-se a parecer doido;
Chorar é arriscar-se a parecer sentimental;
Estender a mão é arriscar-se a comprometer-se;
Mostrar os seus sentimentos é arriscar-se a se expor;
Dar a conhecer as suas idéias, sonhos, é arriscar-se a ser rejeitado;
Amar é arriscar-se a não ser retribuído no amor;
Viver é arriscar-se a morrer;
Esperar é arriscar-se a desesperar;
Tentar é arriscar-se a falhar;
Mas devemos nos arriscar!
O maior perigo na vida está em não arriscar.
Aquele que não arrisca nada;
Não faz nada;
Não tem nada;
Não é nada!



Guardei-me para ti
(Lya Luft)

Guardei-me para ti como um segredo
Que eu mesma não desvendei:
Há notas nesta guitarra que não toquei,
Há praias na minha ilha que nem andei.

É preciso que me tomes, além do riso e do olhar,
Naquilo que não conheço e adivinhei;
É preciso que me ensines a canção do que serei
E me cries com teu gesto
Que nem sonhei.