Assistindo ao jogo do Corinthians e Santos, neste domingo, escutei uma gama de informações pessoais (desnecessárias) dos narradores. Fato esse que encorajou-me a externalizar algumas opiniões a respeito. Não comentarei sobre a vitória do meu Timão, nem das incríveis personalidade e trajetória (história muito sensacionalista ao meu ver) do pseudo-gordinho.
As questões que deparo-me, na verdade, são de cunho antropológico, relativas ao resultados dos jogos: porque algumas pessoas sofrem profundamente com a derrota? Porque alguns brigam, batem, matam, morrem?
Respeito, porém não entendo. Amo meu time, tenho fé nele, só que, como tudo na vida, tento manter-me longe dos extremos. Acredito que sobretudo no futebol as torcidas agem como um fator de identificação, entrelaça pessoas, aproxima-as. Atualmente, menos do que antes, os indivíduos tem relacionado-se em menos esferas, grupos sociais (para tanto, penso em várias razões).
E estas perguntas tomaram proporções maiores a mim, desde que soube, numericamente, a diferença entre as folhas de pagamentos de dois times que estava,m jogando pelo campeonato “Libertadores da América”: Santos e CSA. Segundo narrador, o time alagoano teria a folha de pagamento de 150 mil reais, o que, em tese, equivale a um jogador do time paulista. O CSA saiu vitorioso do tal jogo, e o Santos “preocupado” com a final contra o Corinthians.
Não pretendo aqui criticar os times/torcidas, contudo é inevitável constatar a comercialização e lucratividade do esporte. São dirigentes, técnicos e jogadores que esqueceram, há tempos, o “amor pela camisa”. Óbvio que o profissionalismo e a imparcialidade são indispensáveis, só parece-me que para muitos falta a paixão e a fé que as torcidas devotam-lhes.
Termino aqui minhas divagações entristecida por saber que não são apenas as chuteiras que estão a venda. Em diversas áreas (e em diferentes níveis), há “a prazo” e “a vista”. No final das contas, creio que temos nos contentado com pouco, não refiro-me aos bens materiais, e sim as características de personalidade e essências da alma: o amor, a lealdade, a gentileza, a honestidade, a ética, a inteligência, a honra, ...